#01 CULTURA DO REMIX
Ah
o mundo digital! Um palco de transformações.
Abrindo nosso Especial de Mídias Sociais para a investigação do Lado B da Galáxia Digital, é conveniente e requisito necessário entender de que se trata o frenesi do ambiente digital. Sabe-se que o mercado publicitário tem dedicado cifras expressivas aos anúncios na internet, empresas e anunciantes tem dedicado mais de seu investimento publicitário para com o ciberespaço. Ciberespaço? Ponto de partida ideal.
Abrindo nosso Especial de Mídias Sociais para a investigação do Lado B da Galáxia Digital, é conveniente e requisito necessário entender de que se trata o frenesi do ambiente digital. Sabe-se que o mercado publicitário tem dedicado cifras expressivas aos anúncios na internet, empresas e anunciantes tem dedicado mais de seu investimento publicitário para com o ciberespaço. Ciberespaço? Ponto de partida ideal.
Pierre
Lévy, professor da Universidade de Paris VIII e estudioso de mídia,
em seu livro Cibercultura lança as bases para a definição e um
estudo, digamos, mais acalorado sobre o todo digital. Para ele, o
ciberespaço é um espaço aberto de intercomunicação mundial feito
de computadores e memória de computadores. O fenômeno da internet é
bem mais complexo do que se mostra. Mais do que emaranhados de dados
processados e alta velocidade de informações, temos relações
humanas. Uma rede gigantesca de memória, de interação e
comunicação entre pessoas de todas as partes.
Até
aqui, o ciberespaço se torna revelador. É mais humano do que
parece. Tem calor, tem efervescência. Adiante, pois.
Bem,
no ciberespaço nada se cria, tudo se... copia. A cópia da cópia da
cópia é o tema de hoje.
Quando
o original é a cópia
É
comum aos internautas quando entram em contato com o conteúdo
disponível na web que, um mesmo assunto, é duplicado, é
reaproveitado, é reinserido, compartilhado e fragmentado em
multi-edições e colagens. É o momento em que a cópia tem um
caráter profundamente original. Bem-vindo à cultura do remix. O
termo remix surge na década de 70 com a difusão dos DJs que
protagonizavam um agrupamento de músicas num ritmo dançante. A
dança cibernética é outra. Como um DJ, todo
ser humano edita sua própria realidade a partir de impressões
pessoais, conceitos, emoções, princípios e valores que são,
voltando à metáfora, as canções que ele quer que o resto do mundo
ouça*. Com o salto da world wide web
e da tecnologia em bungee jumping
sobre
o cotidiano, as pessoas começam a remixar sua realidade mais
conscientementemente e de maneira mais determinante, desde a
internet, no controle remoto e em nossos hábitos de consumo*.
A
realidade digital é especialmente remixada. É fonte de colagens e
edições sempre inéditas num mural cotidiano. A internet e, as
mídias sociais, carregam esse movimento de fusão e edição. O que
se diz e efetiva em determinado tempo e lugar é altamente
recarregado e compartilhado num além-mar de dados.
Old
Spice: admirável mash-up
A
teoria faz a prática? Sim. A cultura remix é caracterizada pela
originalidade da replicação. A cópia torna-se elo de interação
no ciberespaço, que ao invés de se desoriginalizar torna-se o ouro
do diálogo 2.0. A Linha de produtos cosméticos masculinos Old Spice
despontou nos últimos 2 anos com campanhas virais originais,
divertidas, livres e abertas. De veiculação online, os vídeos
atingiram uma repercussão bastante representativa e mais, atraiu a
si um tom social, algo que poucas campanhas conseguem realizar junto
ao target. Os vídeos Old Spice se tornaram peças publicitárias
personalizáveis. Uma infinidade de internautas replicaram o estilo
particular dos anúncios da linha masculina. A mais valia da cultura
remix na comunicação publicitária é o trabalho de memória. As
campanhas ganham vida e liberdade no imaginário do consumidor.
*Texto extraído do artigo de Alexandre Matias em http://www.esalq.usp.br/biblioteca/PDF/Para_entender_a_Internet.pdf/ . Acessado em 15 de agosto de 2012.
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