O Ciberativismo
No
capítulo de abertura do Especial Mídias Sociais – O Lado B da
Galáxia Digital pudemos aterrissar por sobre a ampla relva do
ciberespaço e conhecer as perspectivas editáveis da cultura do
remix. A cópia assume na cibercultura a originalidade que o
original se desoriginaliza. Complexo? Certamente. A complexidade
aparentemente técnica que conecta os avanços das tecnologias da
informação são, antes de qualquer percurso, movimentos
profundamente sociais. A complexidade dessas relações é a
complexidade das relações sociais, unidas entre si. A internet e
seus produtos – as mídias sociais – realizam uma investidura de
empoderamento nos sujeitos sociais. Poder, ação, reação,
engajamento. Chaves do capítulo 2.
Power
to the @, #, likes e comments
A
internet, nos reflexos das mídias sociais, dão aos usuários certa
expressividade. As pessoas podem se expressar de maneira mais
abrangente, podem interagir, podem debater, discutir e pensar a longo
alcance. O ambiente digital investe liberdade aos indivíduos. Isso
porque conectados, os sujeitos se inserem na gelatina social do
ciberespaço como iguais, dotados de voz e livres de repressão. Ao
lado dele uma multidão de outros tantos que compartilham do mesmo
todos consumidor de informação e conteúdo.
Lado
expressivo destacado, consequentemente, o lado democrático se
sobressai. Democracia supõe voz, que supõe opinião, que supõe
razão, que supõe pensamento e se penso, logo existo e, critico. A
liberdade de expressão e a democracia oferecida pela internet
através de seus produtos conferem aos navegantes o status de
combatente, de lutador, de democrata, de cidadão digital, de
ativista. O ciberativismo, termo que designa as vozes que de críticas
e expressão povoam a internet e as redes sociais de conteúdo,
informação e discussão. O ciberespaço democrático com tal é
fértil em produzir e dar condições aos soldados digitais.
Com voz
expressiva garantida, os internautas se deleitam com a possibilidade
de socializar seu pensamento e por afinidade de valores, concretizar
tudo em uma coletividade, as comunidades virtuais. A liberdade de
expressão que por razões as mais diversas é
restritiva a muitos, na web tem espaço, brecha e oásis à
disposição. Surgem os ciberativistas, desde engajados em causas
específicas e socializantes e, os ativistas e militantes 2.0.
Publicidade
para que te quero
Numa nuvem de sujeitos engajados, ciberativistas e ciberpunks, o
mercado publicitário digital também caminha e com olhar denso.
No que toca o ciberativismo, essencialmente os internautas gostam e
usam de seu tempo em comentar, assinalar algo como atrativo,
recomendar e reivindicar um causa. O ciberespaço em nada invalida o
caráter politizado dos soldados digitais.
Na publicidade digital, os anúncios e campanhas de organizações
filantrópicas e entidades sociais ou mesmo de iniciativa privada
recorrem à efervescência do pronto engajamento dos que trafegam
sobre as mídias como ferramenta de expressão. As campanhas recorrem
à própria interação politizada dos internautas como captação de
retorno. São comentários, compartilhamentos, retransmissões e
curtir que socializam e fazem a democracia cibernética digital
acontecer.
O Greenpeace tem em sua cartela de campanhas, diversas iniciativas
de foro digital com linguagem pautada nas especifidades das redes
sociais. Ativismo via Facebook, é uma delas.O Liga das Florestas é uma campanha via Facebook que alia petição online, engajamento, game próprio e difusão da causa*.
Poder às @, #, likes, comentários, tweets, compartilhamentos...!
Poder às @, #, likes, comentários, tweets, compartilhamentos...!
*Conheça o Liga das Florestas em http://www.ligadasflorestas.org.br/
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